O QUE É MELASMA?

Melasma é um problema de pele comum que pode afetar a qualidade de vida das pessoas. Ocorre em virtude de uma disfunção na pigmentação da pele devido à concentração de melanina.

A condição causa manchas castanhas a castanho-acinzentadas, simétricas, de contornos irregulares, mas limites nítidos, localizado em áreas expostas a luz, especialmente face, fronte, têmporas e, mais raramente, no nariz, pálpebras, mento (queixo) e membros superiores.

É uma doença de fácil diagnostico ao exame clinico, porem, apresenta uma cronicidade característica, com períodos de recidivas frequentes e grande refratariedade aos tratamentos existentes

O Melasma não possui uma causa definida, existindo inúmeros fatores envolvidos, porem nenhum pode ser isoladamente responsabilizado pelo seu desenvolvimento. Dentre estes: influências genéticas, exposição à radiação ultravioleta, gravidez, terapias hormonais, cosméticos, doenças endócrinas, fatores emocionais e algumas medicações.

QUADRO CLÍNICO:

O Melasma  caracteriza-se então por manchas acastanhadas, com contornos irregulares, mas limites nítidos, surgindo em áreas expostas ao sol, especialmente na face e pescoço e, e de forma menos comum, nos braços. são as manchas escuras ou acastanhadas que surgem na face.

A distribuição das lesões do melasma na face pode ser categorizada em:

  • Centrofacial: acometem o centro da face, ou seja, glabela, região frontal, nasal, zigomática, labial superior e mento.
  • Periférico: quando acomete as regiões fronto-temporais, pré-auriculares e aos longo dos ramos da mandíbula.

Muitos pacientes podem apresentar as lesões em ambas as distribuições.

Muitas vezes, as pessoas com Melasma podem agravar a condição com um tratamento ou procedimento inadequado, ocorrendo piora importante das manchas.

QUAIS AS CHANCES PARA O DESENVOLVIMENTO DO MELASMA?

Melasma aparece na pele das mulheres com muito mais frequência do que a pele dos homens. Apenas 10% das pessoas diagnosticadas com Melasma são do sexo masculino.

Pessoas de pele morena e negra, assim como descendentes de latinos/hispânicos, norte-africanos, afro-americanos, asiáticos, indianos, do Oriente Médio ou do Mediterrâneo, têm maior probabilidade de adquirir Melasma. Pessoas com parentes próximos que tenham desenvolvido Melasma também estão  mais propensas a desenvolver a condição.

O QUE CAUSA O MELASMA?

Os fatores responsáveis pelo surgimento do Melasma ainda não estão claros, mas as manchas provavelmente surgem da produção exacerbada de melanócitos (células produtoras de cor na pele). Pessoas com tons de pele mais escuros são mais propensas ao melasma porque têm melanócitos mais ativos do que pessoas de pele clara.

Fatores que podem desencadear o Melasma:

Exposição ao sol: A luz ultravioleta (UV) do sol estimula os melanócitos. De fato, apenas uma pequena quantidade de exposição solar pode fazer com que o Melasma retorne após o desbotamento. A exposição solar é a razão pela qual o Melasma é frequentemente pior no verão.

Alteração hormonal: O Melasma é mais comum durante a gravidez, também chamado de cloasma ou máscara da gravidez. As pílulas anticoncepcionais e a terapia de reposição hormonal também podem influenciar o surgimento da condição.

Produtos para cuidados com a pele: Irritação na pele pode prejudicar o Melasma.

COMO É REALIZADO O DIAGNÓSTICO?

Dermatologistas podem diagnosticar a condição a partir de uma análise minuciosa da pele. Para saber a extensão das manchas de Melasma nas camadas da pele, é possível utilizar um dispositivo chamado de Lâmpada de Wood, também conhecido como de Luz de Wood ou LW, que verifica as características das manchas de acordo com a fluorescência da luz UV.

Às vezes, o Melasma pode surgir associado a outra condição da pele, sendo sempre necessária a avaliação adequada para o diagnostico e tratamento.

TRATAMENTO:

Com o tempo e a ausência dos fatores responsáveis por ajudar a desencadear a condição, como a gestação ou o uso de pílulas anticoncepcionais, as manchas de Melasma podem desaparecer.

No entanto, existem pacientes que apresentam a condição por anos, ou até mesmo durante toda a vida. Nesses casos, é possível contar com alguns tratamentos disponíveis que auxiliam no combate ao Melasma.

As medidas terapêuticas recomendadas para o melasma inclui proteção solar, agentes despigmentantes tópicos, procedimentos como peelings químicos, lasers e, principalmente a terapia combinada.

Fotoproteção:

É importantíssimo proteger-se dos raios solares. A fotoproteção é um procedimento essencial na prevenção de doenças cutâneas e manutenção da saúde e da beleza. Envolve a aplicação do protetor solar com reaplicações e reforços ao longo do dia e, ainda, medidas de barreira, como utilização de roupas e acessórios com FPS, bonés ou chapéus de abas largas, óculos de sol, guarda-sol, entre outros. Os horários críticos de radiação solar, principalmente entre as 10 e 16 horas, devem ser evitados pelo aumento dos ricos de queimaduras, manchas, fotoenvelhecimento e fotodano cumulativo.As pessoas acometidas por Melasma devem aplicar um filtro solar potente, físico e químico, com FPS alto nas regiões afetadas.

O conceito atual do tratamento de Melasma considera que o uso de filtros ajuda a estabilizar os benefícios obtidos com o conjunto de medidas descritas aqui.

Agentes tópicos:

Alguns princípios ativos despigmentantes são destinados à clarear a pele e manchas pigmentadas, a ação desses princípios ocorrer por diferentes mecanismos de ação, que estão ligados à interferência na produção de melanina ou transferência da mesma. A combinação de tratamentos é muito utilizada com o intuito de maximizar os resultados em casos difíceis e pelo sinergismo das substancias e pela redução dos efeitos colaterais.

Os produtos mais utilizados são à base de hidroquinona, ácido glicólico, ácido retinóico e ácido azeláico. Os resultados demoram cerca de dois meses para começarem a aparecer.

O método pode não ser totalmente eficaz para todos os pacientes, podendo ser associado a outros tratamentos.

Mesmo com resultados rápidos, o tempo necessário para estabilizar a condição e impedir que mínimas exposições façam retornar o pigmento pode ser de muitos meses ou anos. Assim, o conceito principal é que pacientes com esta condição necessitam tratamento e fotoproteção constante.

Outros ativos utilizados para o tratamento do Melasma são: arbutin, ácido kójico, ácido fítico, ácido tranexâmico.

 

Peelings Químicos

A aplicação dos peelins pode clarear a pele de forma gradual e até mais rapidamente do que os cremes. Existem diversos tipos de peelings, alguns mais superficiais (e mais seguros) e outros que atingem camadas mais profundas da pele. O médico dermatologista pode auxiliar na escolha do método mais adequado para cada caso.

Laser e Luz Intensa Pulsada

Há algumas formas de energia luminosa que podem ajudar no conjunto de medidas para clarear o Melasma. Esta modalidade de tratamento deve ser feita com cuidado para não gerar mais pigmentação, motivo pelo qual deve ser realizada por um profissional especializado.